Tenho as emoções à flor da pele, sou simplesmente o que sinto. Com tamanha intensidade que a razão se exila em um canto ínfimo do meu ser. Não que eu sinta exatamente o que demonstro, pelo contrário, escondo tristezas e finjo alegrias com uma facilidade que até eu me confundo entre o ser e o sentir. Caminho por uma estrada onde apreciar a paisagem é o objetivo, não o destino, pois as lembranças e sentimentos são as únicas riquezas que restarão quando esta viagem acabar..
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Impulso
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Ter ou não ter namorado - Arthur da Távola

terça-feira, 14 de setembro de 2010
Eu Juro - Crônica do Antônio Prata

quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Deserção

domingo, 5 de setembro de 2010
Música

Algo me faz ter certeza de que tem algo maior que rege o universo. Tenho a impressão de que eu componho as notas da minha vida da maneira que acho melhor, ás vezes erro a arranjo, as notas não batem, mas há sempre um ouvido absoluto que me mostra uma nota que se encaixa melhor à minha música. Sei que a sua dinâmica, seus fortes e pianos, sua harmonia, os retoques que fazem com que a música seja boa aos meus ouvidos e ao dos outros, só o maestro da vida é capaz de compor.
Uma das partes mais importantes da musica são os acompanhamentos, nenhum instrumento é tão bom quando uma orquestra inteira. Eu, definitivamente, nada sou, sem as pessoas que estão ao meu lado. As minhas desafinações se tornam imperceptíveis desde que eu tenha acompanhamentos firmes ao meu lado, até o momento em que retorno, e confiante, apresento o meu solo. Graves e agudos, melodia e harmonia, se completam, e cada qual a sua maneira, ajudam a compor a canção da minha vida.
Nesse momento a minha trilha sonora está tal qual uma valsa, com ritmo lento e harmônico, uma melodia que transporta os pensamentos a outras dimensões e nos instiga a dançar lentamente, pra lá e pra cá, sentindo cada batida, aproveitando cada momento, antes que a música chegue ao fim e dê ligar à outra música, à outro ritmo..
Paz

Ás vezes é preciso tão pouco pra ser feliz. Colocamos tantas barreiras no nosso caminho , que não reparamos o quanto a felicidade está perto, e que ela só depende de nós. Se conseguimos colocar uma certa sintonia em nossa vida, criaremos a consciência de que ninguém, a não ser nós mesmos podemos atrapalhá-la, e a segurança que isso nos proporciona é infinita. A tempos não me sentia como me sinto hoje, plena, feliz. Sinto que cada coisa está em seu lugar e que tudo é como deveria ser. Os pequenos problemas não tem me atingido mais, porque o que eu tenho de bom supera qualquer mal que possa assolar sobre mim. Minhas orações tem sido mais agradecimentos que pedidos e a paz que trago comigo ninguém é capaz de me tirar. Me sinto inteira, completa, como se nada me faltasse. Me sinto a pessoa mais sortuda do mundo por tudo que eu tenho, talvez eu nem mereça tamanha felicidade, mas enquanto eu a tiver, vou aproveitá-la ao máximo, e tentar de todo modo manter a sintonia que fará com que ela seja minha amiga constante, e que andará lado a lado comigo por todo o caminho..
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Vácuo
Você me diz que eu não sei o que eu quero pra mim. Talvez eu não saiba mesmo. Mas eu sei exatamente o que eu não quero, o que eu não posso suportar. Eu preciso do que preenche o vazio do meu peito. Seja o que for que eu queira para o futuro, não tem nenhum sentido se não for você quem me levará até ele. É tão difícil entender que eu não quero futuro nenhum, que não seja ao seu lado? Porque as milhões de vezes que te disse isso, foram tão facilmente varridas da sua lembrança?
Odeio essa sensação de vazio infinito na qual me encontro. Como se dentro de mim não houvesse nada, e o que ali tinha, tivesse sido arrancado de modo abrupto e com tal intensidade, que talvez seja impossível reparar o dano. Um sentimento de desesperança, onde se olha pra frente e só se enxerga escuridão, onde não existem luzes no fim do túnel. Como levantar a cabeça e lutar? De onde tirar forças para me recuperar, sendo que a fonte de onde vinham as minhas forças, foi embora junto com você? Serei eu forte o suficiente pra lidar com isso? Confesso que não sei.
Será que terei que conviver com esse vazio pra sempre? Ter que vê-lo ir, querendo a todo custo trazê-lo de volta? Quem sabe já é tarde demais, e eu terei que aprender a conviver com esse vácuo interno. Não gosto dessa impotência, não a desejo pra ninguém. Agora não está mais em minhas mãos. Preciso de uma resposta, antes que o resto de mim se torne tão vazio quanto o meu peito se encontra, e já não seja possível sair do buraco em que me afundo cada vez mais.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Encruzilhada

Por mais esperança que eu tenha em conseguir pular o obstáculo que me levará ao caminho da minha felicidade, o medo de não conseguir é o sentimento mais presente em mim no momento. Se ele vai me impedir de tentar? É claro que não. Mas acho que admiti-lo já é meio caminho para enfrentá-lo, e é isso que estou fazendo. O meu maior medo é que o meu máximo não seja o bastante. Claro que eu vou tentar de tudo, porque quanto mais eu tentar, maior a minha chance de conseguir. Mas essa história de se não for, eu posso pensar “eu tentei de tudo”, pra mim só funciona na teoria, a minha dor não vai diminuir. Porque por menor, ou maior que tenha sido o meu esforço, no final, eu não vou ter conseguido, e o segundo caminho vai ser minha única opção.
Que armas usar? Eu não faço idéia. Mas sejam quais forem, dentre elas estará a arma mais forte que eu tenho, o meu amor, sem o qual eu nem sequer entraria em campo, pra uma batalha que eu nem sei se posso vencer. E, este é o único caso onde o fim oblitera o caminho - o amor.
Desabafo

Não sei de verdade o que me fez mudar, o que me fez deixar de dar valor pra quem sempre foi tudo pra mim, quem sempre fez tudo por mim. Só Deus sabe o quanto é ruim fazer as coisas sem a intenção e só perceber quando já é irreversível. Ver tudo que construímos juntos indo por água a baixo e saber que, mesmo que sem querer, foi você quem abriu a torneira. É um sentimento de desespero, como se o visse indo embora em um trem, o qual você não tem o poder de parar.
Como se você ganhasse um cachorrinho que sempre quis, e um tempo depois, em um momento de distração, você o deixasse fugir. E ao perceber o que fez, não pudesse fazer nada para tê-lo de volta, a não ser olhá-lo, indo, livre, se afastando de você. Você tenta correr com todas as suas forças para alcançá-lo, mas ele está longe e o que te resta fazer é parar e vê-lo ir, com as lágrimas escorrendo pelos olhos, sem entender porque em um segundo no qual você se distraiu, a sua felicidade se foi com ele. Você vai chorar, vai querê-lo de volta. Mas é tarde demais. Esse segundo de distração fez com que ele se fosse para sempre. Talvez alguém o ache, e cuide dele como você gostaria de ter cuidado e não conseguiu. Talvez esse alguém seja mais cuidados e não se distraia, mantendo-o perto de si, e fazendo-o feliz como você foi, no tempo em que esteve com ele. No momento estou parada, vendo-o ir, como eu nunca quis.